Aquele galpão era um buraco. Sabe aqueles buracos cavados na terra, muitas vezes utilizados em armadilhas. Então, era como esses, só que pior. Lá era úmido, nojento, e cheirava a mofo. Uma pequena luz iluminava a sala circular, de piso feito de mármore e de paredes cor velório. Senti um calafrio na minha espinha.
Zayn: Vamos ficar aqui por enquanto. *disse sentando em um canto e encostando na parede*
Ele ficou um tempo olhando ao redor, e depois olhou pra mim.
Zayn: Não vai sentar?
Olhei para ele, e depois para a parede em que ele havia encostado, procurando sinais de insetos ou de qualquer coisa que me fizesse recusar a proposta. Os cantos acumulavam teias, nojentas, mas pra minha sorte, sem aranhas.
Resolvi sentar ao seu lado. Tentava não me incomodar com o cheiro, com o frio e nem com o barulho das goteiras ecoando no chão.
Eu: Acho que prefiro tomar chuva *ri* Como sabia a entrada?
Zayn: Eu não sabia. *ele disse, rindo*
Eu: Ah, isso esclarece muita coisa.
Zayn: Não é tão ruim assim. *ele disse, olhando pra mim* Está com frio né?
Eu: Tá frio pra caralho.
Ele soltou uma gargalhada gostosa, e me abraçou de lado.
Zayn: Talvez eu possa te aquecer *ele riu* Quem sabe depois que você dormir eu não saio por aí para ver se tem comida. Ou alguém. Quem sabe os dois. *torceu o nariz* Vou descobrir mais tarde.
Eu: Isso soa tão clichê, Holmes.
Zayn: Elementar minha cara (seu sobrenome).
Eu ri, impressionada por ele ter citado Sherlock Holmes. Zayn riu da minha risada, e logo nós dois gargalhávamos alto, nosso riso ecoando pela sala.
Zayn: Acho que nunca passei tanto tempo com uma menina sem ela surtar ou chorar. *disse ele, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos*
Eu: Talvez nunca tenha passado tanto tempo com uma menina que não fosse sua fã, nem maluca. Nem depressiva. Nem com uma combinação com as duas, tipo a Suzana.
Zayn: Ela nem e tão ruim assim.
Estralei a boca e olhei para ele.
Eu: Seu senso dedutivo está péssimo, Holmes.
Zayn: Dá pra parar de me chamar de Holmes? *riu*
Eu: Me desculpe, Sherlock.
Ele revirou os olhos.
Deitei em seu ombro (como amizade, ok? Ok), e senti ele fazer carinho com o polegar nas costas da minha mão esquerda.
Zayn: Sabe o que é mais estranho?
Eu: O que?
Zayn: É que a dias atrás você nem olhava na minha cara, e agora está apaixonada por mim.
Eu gargalhei.
Eu: Apaixonada? *levantei de seu ombro, rindo*
Zayn: Tudo bem, eu te perdoo, eu sei que sou apaixonante e irresistível *disse, convencido, e acho que brincando*
Eu murmurei algo como "vai sonhando" ou "eu sou difícil", quando alguma coisa espetou a minha nuca.
Eu: Ai.
Zayn: O que foi? *perguntou, parando de rir e olhando para onde eu estava com a mão*
Eu: Acho que alguma coisa me picou.
Ele tirou minha mão de cima da minha nunca e puxou minha cabeça para frente, pra poder ver o que tinha acontecido.
Zayn: Tá meio vermelho, deve ter sido uma picada de formiga ou borrachudo. Está doendo muito?
Eu: Não muito, foi ó uma pontada.
Então fui subindo minha cabeça, já que estava abaixada na tentativa de mostrar minha nuca. Zayn segurou meu rosto, e foi chegando mais perto, me puxando para um beijo.
Quando eu era pequena e sentia medo, as vezes ia para o quarto de minha mãe para dormir com ela. Eu m sentia segura, como se aquilo que me assustasse não estivesse mais lá. Tudo que me impedia de ficar no meu quarto sozinha, até mesmo um problema idiota como raios ou falsos barulhos de passos, tudo que me assustava, simplesmente parecia não existir, e nunca ter existido.
Era assim que eu me senti no momento que nossos lábios se tocaram.
Me deixei levar. Esqueci tudo o que tinha acontecido nas últimas semanas. Esqueci por que estava ali, o que me asssustava, a dor da minha nuca, o medo das aranhas. Tudo. Eramos só eu e ele. Eu e ele, até nossos corações começarem a bater em juntos, fazendo um único som, e unindo nós dois em um só.
Zayn: Boa noite. *sussurrou, mexendo no meu cabelo*
Eu sorri.
Eu: Boa noite.
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Zayn: Vamos ficar aqui por enquanto. *disse sentando em um canto e encostando na parede*
Ele ficou um tempo olhando ao redor, e depois olhou pra mim.
Zayn: Não vai sentar?
Olhei para ele, e depois para a parede em que ele havia encostado, procurando sinais de insetos ou de qualquer coisa que me fizesse recusar a proposta. Os cantos acumulavam teias, nojentas, mas pra minha sorte, sem aranhas.
Resolvi sentar ao seu lado. Tentava não me incomodar com o cheiro, com o frio e nem com o barulho das goteiras ecoando no chão.
Eu: Acho que prefiro tomar chuva *ri* Como sabia a entrada?
Zayn: Eu não sabia. *ele disse, rindo*
Eu: Ah, isso esclarece muita coisa.
Zayn: Não é tão ruim assim. *ele disse, olhando pra mim* Está com frio né?
Eu: Tá frio pra caralho.
Ele soltou uma gargalhada gostosa, e me abraçou de lado.
Zayn: Talvez eu possa te aquecer *ele riu* Quem sabe depois que você dormir eu não saio por aí para ver se tem comida. Ou alguém. Quem sabe os dois. *torceu o nariz* Vou descobrir mais tarde.
Eu: Isso soa tão clichê, Holmes.
Zayn: Elementar minha cara (seu sobrenome).
Eu ri, impressionada por ele ter citado Sherlock Holmes. Zayn riu da minha risada, e logo nós dois gargalhávamos alto, nosso riso ecoando pela sala.
Zayn: Acho que nunca passei tanto tempo com uma menina sem ela surtar ou chorar. *disse ele, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos*
Eu: Talvez nunca tenha passado tanto tempo com uma menina que não fosse sua fã, nem maluca. Nem depressiva. Nem com uma combinação com as duas, tipo a Suzana.
Zayn: Ela nem e tão ruim assim.
Estralei a boca e olhei para ele.
Eu: Seu senso dedutivo está péssimo, Holmes.
Zayn: Dá pra parar de me chamar de Holmes? *riu*
Eu: Me desculpe, Sherlock.
Ele revirou os olhos.
Deitei em seu ombro (como amizade, ok? Ok), e senti ele fazer carinho com o polegar nas costas da minha mão esquerda.
Zayn: Sabe o que é mais estranho?
Eu: O que?
Zayn: É que a dias atrás você nem olhava na minha cara, e agora está apaixonada por mim.
Eu gargalhei.
Eu: Apaixonada? *levantei de seu ombro, rindo*
Zayn: Tudo bem, eu te perdoo, eu sei que sou apaixonante e irresistível *disse, convencido, e acho que brincando*
Eu murmurei algo como "vai sonhando" ou "eu sou difícil", quando alguma coisa espetou a minha nuca.
Eu: Ai.
Zayn: O que foi? *perguntou, parando de rir e olhando para onde eu estava com a mão*
Eu: Acho que alguma coisa me picou.
Ele tirou minha mão de cima da minha nunca e puxou minha cabeça para frente, pra poder ver o que tinha acontecido.
Zayn: Tá meio vermelho, deve ter sido uma picada de formiga ou borrachudo. Está doendo muito?
Eu: Não muito, foi ó uma pontada.
Então fui subindo minha cabeça, já que estava abaixada na tentativa de mostrar minha nuca. Zayn segurou meu rosto, e foi chegando mais perto, me puxando para um beijo.
Quando eu era pequena e sentia medo, as vezes ia para o quarto de minha mãe para dormir com ela. Eu m sentia segura, como se aquilo que me assustasse não estivesse mais lá. Tudo que me impedia de ficar no meu quarto sozinha, até mesmo um problema idiota como raios ou falsos barulhos de passos, tudo que me assustava, simplesmente parecia não existir, e nunca ter existido.
Era assim que eu me senti no momento que nossos lábios se tocaram.
Me deixei levar. Esqueci tudo o que tinha acontecido nas últimas semanas. Esqueci por que estava ali, o que me asssustava, a dor da minha nuca, o medo das aranhas. Tudo. Eramos só eu e ele. Eu e ele, até nossos corações começarem a bater em juntos, fazendo um único som, e unindo nós dois em um só.
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